Volta às quartas-feiras porque lhe agrada a opulência de coxas e seios da mulher e a habilidade mercenária com que ela se mexe debaixo dele, até lhe extrair a derradeira gota de sêmen. Mas volta também pela cama, que emite ruídos de luxúria todo o tempo. E volta pelo criado-mudo, que por alguma razão se solidariza com a cama e geme com ela e se sacode como se a ele se dirigissem as estocadas amorosas. Depois do último espasmo, o homem sempre estende a mão e acaricia o móvel lamuriento, como se ele tivesse pelos sedosos e hospitaleiros como os da mulher ou os do minúsculo cachorro que acompanha enciumado cada movimento, cada quarta-feira.
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