É um perfeccionista o amor.
De mármore é o cativeiro,
De ouro maciço o chaveiro,
Obra de raro lavor.
Suas chaves são reluzentes
E quando ele os crava em mim
Sinto na carne o marfim
Que há em cada um de seus dentes.
Com o seu chicote trançado,
Do couro mais refinado,
No meu corpo, em toda parte,
Para a sua posse marcar
Desenha ele, sem cessar,
O seu nome com toda a arte.
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