Quando ela beija Margot, quando é beijada por Margot, quando lhe arranha as costas e sente nos ombros as exigentes unhas de Margot, sabe que a vertigem, o amolecimento das pernas e a umidade que começa a sentir na ruiva penugem entre as coxas, nada seria assim como é se ela não pudesse dizer, como diz agora, Margot, Margot, Margot. Se Margot se chamasse Clara, ou Lúcia, ela não estremeceria em pé, assim. Ela recolheria as unhas, como um gato de bons princípios, e não as enterraria em Margot, em Margot, em Margot.
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