Não é sempre que eu penso em você. Penso em outras. Numa que vejo na rua, ou no shopping. Numa que vejo no metrô, no ônibus. Penso em algumas. À noite, em casa, pego uma, vamos até o carro, sento no banco do passageiro (o carro é sempre delas) e, enquanto ela dirige, como você fazia, a fantasia começa a ganhar mãos e carne. O início, o meio e o fim são sempre prazerosos. Depois é que baixa a melancolia. Falam muito do vício solitário do homem. Um homem solitário não tem vício. O que ele tem são dois ou três truques para enganar a tristeza. Mas ela sempre volta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário