O amor é como um sino que de repente desanda a tocar horas e não para. Quem o toca? Sobe o padre ao campanário e não vê nada: nem homem nem vento. Mas o sino faz ecoar suas badaladas ainda, e cada vez mais fortes. É um fantasma que o toca, certamente. E chamam especialistas de todas as especialidades, e cientistas de todas as ciências, e místicos de todos os misticismos. Ninguém consegue fazer parar o sino. Ele toca, toca, toca, e chega um momento em que todo o conhecimento do mundo desiste de explicar o fenômeno. A conclusão é lógica: deixar que o sino toque. Todos sabem como é o amor quando resolve tocar sinos.
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