O amor é uma imagem. Diante do amor, e geralmente só diante dele, cabe-nos o privilégio de ter olhos de pintor, do melhor de todos, seja lá quem tiver sido ou quem vier a ser. Vemos o amor com os olhos de dentro, talvez os do coração, e por isso o amor é, de todas, sempre a mais bela imagem. Se ela se turva, se ela se borra, se nela entram traços raivosos, se nuvens começam a rondá-la, já estaremos entrando no território daquele amor das revistas. Mais um passo e estaremos respondendo a questionários sobre ciúme e maneiras de despertá-lo, sobre como devolver sofrimentos recebidos e por aí afora. O amor é uma imagem, um lago. E, se não é assim, assim deveria ser.
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