sábado, 7 de setembro de 2013
O amor, esse sentimento
Quando digo que o amor - com seus encontros e desencontros, com seu som e sua fúria, e principalmente seus martírios - é o único motivo para se viver, não estou excluindo outros sentimentos. Simplesmente não os conheço. Falo aqui do amor que leva ao abismo, não daquele generoso, que salva. Falo do amor dos artistas, dos pintores, dos escultores, dos poetas. Eu quis ser um desses. Faltou-me exatamente essa vocação de rondar os abismos e de saltar de um deles. Não falo também de corpo, nem de suicídio. Falo de alma. Um artista há de ter a alma destruída para que alguma coisa nele desperte. Alguns recorrem às drogas. O amor, eu imagino, é a melhor droga para triturar uma alma de tal forma que dela se extraia algo que não seja comum nem vulgar. Eu não soube usá-la, eu não atingi aquele ponto exato de dor onde começa a verdadeira sensibilidade.
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