Que conta prestarás, quando chegar o Dia do Juízo Final, do menino que levaste para a zona, do dinheiro que furtaste de tua mãe para dar às putas? Que números apresentarás, quando te cobrarem a inocência e a pureza? Onde, em que beco, em que esquina, em que cama apodrecida as deixaste? Ainda soam em teus ouvidos as gargalhadas das rameiras que te desencaminharam. Tuas narinas ainda guardam o cheiro de conhaque das bocas que te deixaram nos lábios o selo da degradação. Ainda gemem as camas em que cavalgaste éguas espaçosas e suadas, viciadas em todos os buracos do corpo. Que conta prestarás do menino que, ainda puro, subiu aquelas escadas? Que conta, que conta?
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