Foi uma bênção termos mentido tanto um ao outro. Trocamos frases de amor que ainda soam em nossa lembrança. Quando, hoje, a realidade se mostra aos nossos olhos, nós não a aceitamos. Somos ainda aqueles que se diziam ternuras. Nossos lábios eram escorregadios, pela passagem de tantas palavras carregadas de mel. Hoje, é só fecharmos os olhos e acreditarmos naquilo tudo. Ah, e suspirar. Como nos amávamos, como nos amamos ainda quando a memória nos leva de volta àquelas ruas pelas quais passeamos como dois adolescentes, tropeçando na felicidade. Eu te amo, tu me amas. O tempo é uma ficção. A mentira é uma bênção.
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