Tenho espírito de cronista. Gosto de miudezas, insignificâncias, singelezas. Minha simpatia é dos vices, dos penúltimos, dos que exultam com menções honrosas, dos derrotados que exibem sorridentes não medalhas, mas as marcas que lhes foram impostas pelos que tiveram o braço erguido pelo juiz. Encantam-me os heróis cujo nome é preciso perguntar e soletrar, confirmando sílaba por sílaba. Gosto daqueles que, como eu, têm na gaveta um recorte já quase esfarelado, uma notícia de um jornal estudantil de cinquenta anos atrás, em que aparecem ostentando uma medalha de bronze de um torneio de pingue-pongue.
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