Escolherei uma estrela pequena, que possas levar na bolsa, com o celular. Nas noites em que a prenderes nos cabelos, perguntarão onde conseguiste comprar tão graciosa joia. Responderás que um amigo meio esquisito a pescou no céu, com um binóculo armado de anzol. No início te invejarão e pegarás um tardio sarampo. Depois se acostumarão e a pequena estrela não lhes parecerá mais tão brilhante. Também tu, aos poucos, não a acharás tão bela. Não a levarás mais contigo, nem na bolsa nem enredada nos cabelos. Ela ficará numa gaveta, dessas que só se abrem quando morremos e cabe aos filhos livrar-se do que fomos.
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