terça-feira, 12 de novembro de 2013

A beleza

A beleza, o amor, a magnanimidade são algumas das abstrações que compõem nosso disfarce. Soam bem, sempre soaram, e, enquanto as pronunciamos e dizemos estar empenhados em sua busca, nossos dentes de lobo se retraem. Toda a nossa parte nobre é formada por mentiras. Em nosso estômago, qualquer busca, das mais simples, encontrará ainda fiapos de carne de nossa mãe querida, de nossos irmãos, de nossos melhores amigos de infância. Mas ninguém sabe, melhor que nós, falar de belos sentimentos. Nosso marketing vem sendo aprimorado desde os tempos bíblicos, e em nossas veias flui o sangue dos que trucidamos. O homem é o lobo do homem. O resto são elucubrações poéticas.




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