Enquanto se esmera em provar, com todas as rimas do seu soneto, que sua amada é mais bela que a lua, a vida real corre solta lá fora. Num navio de turismo abordado por piratas, as sessenta e nove mulheres são agora meticulosamente passadas pela exótica e excitante espada dos invasores. Gemem todas. Ele em casa, burilando a chave de ouro, não ouve nada. Não ouve as sessenta e oito vozes que imploram
mais, e uma, a mais musical e veemente, que suplica
mais, mais, mais, cobrindo com seu apelo o som das ondas sob a lua.
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