"Há dois tipos de eunucos: os que se vestem como homens e os que se vestem como mulheres. Os eunucos que se vestem como mulheres imitam-lhes as roupas, a fala, os gestos, a delicadeza, a timidez, a simplicidade, a suavidade e o acanhamento. Os atos praticados na jaghana, ou parte média do corpo da mulher, são praticados na boca desses eunucos, e a isso se chama Auparishtaka. Os eunucos tiram desse tipo de união um prazer imaginário e o seu sustento, e levam a mesma vida das cortesãs. É isso que há a ser dito sobre eunucos que se vestem como mulheres.
Os eunucos que se vestem como homens mantêm seus desejos em segredo, e, quando pretendem fazer algo, eles adotam a vida de massagistas. Sob o pretexto de massagear, um eunuco desse tipo abraça e puxa para si as coxas do homem que está manipulando e, depois disso, toca os quadris dele e o seu jaghana, ou parte média do corpo. Então, se o lingam do homem estiver ereto, ele o pressiona com os dedos e brinca com ele até deixá-lo no estado desejado. Se, depois disso, e de entender a intenção do eunuco, o homem não o manda prosseguir, o primeiro começa a relação. Se, no entanto, o homem mandá-lo prosseguir, então o eunuco discutirá com ele e só concordará com ele depois de muita dificuldade."
(Compilação e tradução, do sânscrito para o inglês, de Sir Richard F. Burton; tradução para o português de Luciene Aquino; publicação da L&PM.)
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