Lembrei-me ontem, repentinamente, de minha irmã mais velha, Wanda. Era inquieta, rebelde, insubmissa. Para a minha mãe, era a ovelha negra. Para impedi-la de ir a um baile, ela lhe queimou com o ferro de passar roupa os cabelos, que desciam quase até a cintura. Não vi isso, não era nascido ainda. Mas me entristeço por ela, hoje. Ah, minha irmã, minha mãe. Quantos padecimentos sofre a carne antes de se transformar em pó. Imagino minha mãe abrindo a porta e dizendo: "Pode ir agora, está esperando o quê?"
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