Certa madrugada, no
snooker da Formosa, vi Jesus Cristo. Ele me disse: "Sai dessa vida, rapaz. Que pouca-vergonha!" Eu gaguejei, não consegui dizer nada. Baixei os olhos, envergonhado. Quando os reergui, vi espantado um homem que parecia espantado também. Assim como eu, tinha um taco na mão. "O que foi? Parece que você viu o Diabo!" Eu ri: "Quase." "Quase? Não entendi." Respondi que tinha visto um antônimo. Ele, que era revisor do
Estadão como eu, sabia que um antônimo não é coisa que se veja num
snooker. Disse que eu estava bêbado. Ele estava certo.
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