Certas noites, a evocação mais demorada de um nome ou de uma imagem faz com que fervilhe em seu corpo uma inquietação salina e uma insinuação de mormaço no ar. Quando ele não está disposto a ceder, mantém a mão no bolso, encarcerada, e pensa em prados, em nuvens, em montanhas distantes. Mas, se também na língua há uma rememoração de sal, ele sucumbe e é posto novamente diante do inferno de que lhe falaram na infância. E a mão do Diabo o leva outra vez ao paraíso.
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