Leu há muito tempo, não lembra onde, que um lorde se enforcou com uma gravata. Embora o plágio seja para ele uma abominação artística, o toque de classe da gravata é já quase uma tentação. Se fosse mulher, gostaria de remontar a cena da morte de Isadora Duncan, um primor de estética, acrescentando-lhe detalhes dos quais ela, por não tê-la sequer imaginado, não cuidou. Escolheria outra echarpe, talvez mais etérea, que deixasse em seu pescoço só as invisíveis marcas do vento.
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