Porque é Natal, compartilharemos tudo com os outros. O vinho, bom ou ruim, o panetone, as saudações de costume. No meio de um abraço desses bem de época, nos convidarão para aquele amorzinho descompromissado. Nós iremos. Há muito não somos o que somos. O amor, como tantas outras, é só uma palavra. Somos vis, canalhas, crápulas. Encobrimos tudo isso com o rótulo de pessoas do mundo, de gente civilizada. Somos seres sociais, e todos os que estiverem nessas festinhas poderão nos convidar para o sexo. Tomara que não sejamos escolhidos pela pior das pessoas presentes. Mas que alguém nos escolha, para que não nos caiba a iniciativa. Sempre escolhemos tão mal.
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