Que amanhã tenhamos conservado esta loucura que nos move. Que amanhã, como se ela fosse um macaquinho de nosso circo, ou o palhaço, nós saibamos fazê-la entreter o público e, se receber aplausos, que ela saiba como agradecer. Não temos mais do que ela. Dependemos do macaquinho, estamos nas mãos do palhaço e de suas palhaçadas. Essa loucura, que teimamos em não chamar pelo nome de amor, é o único número que temos para o público. No dia em que ela for vaiada, só nos restará esperar que não haja mais ninguém e saltar do trapézio. Quando chegar esse dia, pela primeira vez nos esqueceremos de estender a rede de proteção.
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