"Íngreme a estrada; à montanha, crispam-se escarpas;
Áspera a via; sem ti, mais árduo é o caminho,
Vejo o degelo, chega-me o som de tuas rimas,
longe. À dos picos, tua imagem de jade.
Vinho ordinário, pobres canções não te apresem
Nem, com fúteis parceiros, pernoites ao jogo.
Forjado em pinus, não pedra, dure este voto:
aves, voaremos em par; o encontro se apresse
Mesmo se, ao pleno inverno, este dia atravesse
torno à mais cheia lua, de novo me envolvas.
Parto, e tudo o que tenho a te dar são despojos:
este poema, lágrimas, luz de viés."
(Tradução de Ricardo Primo Portugal e Tan Xiao.)
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