A preocupação dos poetas de fugir dos metros e dos ritmos tradicionais talvez os tenha levado mais longe do que o necessário. Os poemas clássicos ainda são usados predominantemente na formação dos jovens leitores, e estes, quando postos diante de poemas recentes, sentem estranheza. O salto ainda é brusco demais. Os poetas modernos ainda não ocupam posição de destaque nas antologias escolares e, embora a ruptura com a poética antiga já tenha completado cem anos, parece estar dando seus primeiros passos. A morte de Carlos Drummond de Andrade, o mais bem-sucedido poeta da transição, concorreu para erguer um hiato no caminho.
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