O amor prepara a mesa com requinte. Pratos e talheres no lugar exato, uma flor no jarro, se não for cafona, guardanapos, tudo. Morrerá se, na hora, algo destoar. Demora para decidir pela conveniência de uma música. Testa e retesta o candelabro e incute na memória a necessidade de não pisar de forma alguma no terceiro taco à esquerda, que soa desagradável. Colocará sua melhor roupa e abrirá a porta com um alvoroço de cem pássaros assustados. Então, o sexo entrará, coçando os bagos, perguntará qual é o rango e antes mesmo de jantar estará arrotando.
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