Quando, na densa noite sufocados,
Meu quarto e seu infante mundo se iam
Esboroando em pavor, que verdes prados
Os teus lábios de santa mãe diziam!
Que riachos esplêndidos fluíam
Dos montes de brancura aureolados!
E as ovelhas, alvíssimas, pasciam,
Embalando meus olhos fatigados.
Hoje, que já meus prados não florescem
E turvas águas correm malfazejas,
E o céu pesado nuvens escurecem,
Possam estar, lá onde tu estejas,
Floridos, límpidas, e o céu tão terno
Quanto as ovelhas em teu sono eterno.
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