Talvez possamos supor
Que o nó em nossa garganta
E o poema que nos encanta
São ainda sinais do amor.
Talvez possamos dispor
Da sua imagem, tão santa,
Da sua voz, que ainda canta
Embora sem tanto ardor.
Nós, que soubemos matá-lo,
Saibamos hoje louvá-lo
Pelo que foi para nós.
Que ao proclamar-lhe a beleza
O façamos com firmeza
Com toda a força da voz.
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