"Dançar só faz sentido quando a dança é interpretada como outra coisa, outra coisa que a pessoa prefere não admitir. Essa outra coisa é a coisa real: a dança é apenas uma cobertura. Convidar uma garota para dançar representa convidá-la para ter uma relação; aceitar o convite representa concordar em ter uma relação; e dançar é a mímica e o presságio da relação. Tão óbvias são as correspondências que ele se surpreende de as pessoas se darem o trabalho de dançar afinal. Por que vestir-se, por que os movimentos rituais; por que essa grande farsa?"
(De Juventude, tradução de José Rubens Siqueira, publicado pela Companhia das Letras.)
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