Ele deixou de lhe dizer tantas coisas, tantas. Receou que ela zombasse dele, que visse nele um rapaz desses que nunca subiram uma escada de lupanar. Ele deixou de lhe dizer tantas coisas, tantas, temendo que ela visse nele uma dessas purezas anacrônicas e indesejadas. Ele deixou de lhe dizer tantas coisas, tantas. Ele as diz agora ao vento, e as palavras parecem mais belas ainda do que eram. Foi bom não dizê-las. Elas têm agora o orvalho acumulado dos dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário