Em Dostoiévski, há sempre uma tensão, uma aflição, um desespero intoleráveis. Seus personagens são atormentados, como se um demônio os possuísse e açulasse. Nada, nem o sono, os conforta. São sombrios, macilentos, movem-se como espectros e a cada passo que dão parecem suspeitos esquivando-se do sol, vigilante e rancoroso como o olhar de Deus.
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