No fim da madrugada, no velório da garota que definhou e morreu por amor, as velas se apagaram, sopradas por um vento feroz que derrubou árvores e destelhou casas. Sempre que alguém pegava outra vez os fósforos, o vento voltava com fúria redobrada, e foi preciso desistir. De manhã, quando foi sepultar a garota, a família viu na rua milhares de passarinhos mortos e também, embora a cidade ficasse a cem quilômetros do mar, uma infinidade de pequenos peixes que pareciam trazer uma mensagem, interrompida pela morte.
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