Um senhor me conta as particularidades de sua doença. Diz que os sintomas começaram a aparecer em 2005 e que lhe deram dois anos de vida. "E olhe, estamos em 2014, e eu aqui", ele me pisca o olho, como um menino que escapou sem punição de uma travessura. "Não acredite no que os médicos dizem, principalmente se for coisa ruim. Eu, por mim, parava até de fazer o tratamento, se não fosse a minha filha. Sei que vou até os cem. Quantos anos o senhor tem? Setenta e cinco? O senhor, fácil, fácil, ainda vai ver cair a torre de Pisa."
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