segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Soneto do rio caudaloso

Foi há quatro anos, eu acho,
Um pouco menos ou mais,
Que o amor nasceu como um riacho
Com suas águas normais.

Fluía leve, ligeiro,
Tranquilo como os demais,
Sem pretensões a ribeiro
Ou ribeirões colossais.

Depois, repentinamente,
Engrossou sua torrente
Com as fortes chuvas do estio.

E agora, já presunçoso,
Atira-se caudaloso,
Deságua em mim como um rio.


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