Em uma vida anterior devo ter-lhe quebrado o brinquedo favorito ou matado seu gato. Ela esperou cinquenta décadas, ou cinquenta séculos, mas chegou o momento de me me enfiar a faca no ventre, de tirar-me todas as vísceras e dá-las, aos bocadinhos, à ave de rapina que hoje é seu bicho de estimação. Todos os dias ela antevê esse instante, em que me fará recordar do seu brinquedo destruído ou do seu gato esquartejado. Lembra?, lembra?, lembra?
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