"No fim da rua, um pônei rubro, rubro.
No fim da tarde, um muro escuro, um muro.
Descubro alguma coisa mais? Descubro:
Um coração impuro, tão impuro.
Querer guardar esse sinal (querer)
De que minh'alma não morreu? Morreu.
Ser ou não ser como essa tarde (ser)
Que apareceu e desapareceu?
Ser como a tarde que voltou, voltou
Além de meus enganos, muito além...
Eu vou por um país, por onde eu vou,
Onde existe uma ilha, a minha ilha.
Ali não há ninguém. Ninguém? Alguém
Regressará por mim, ó minha filha."
(De Poemas de Paulo Mendes Campos, publicado pela Civilização Brasileira.)
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