Aquele que o amor receia
E foge do seu encanto,
Assim que escapa da teia
Compõe para si um canto.
E nele sempre alardeia,
Para quem o ouve com espanto,
Quão cruel era a aranha, e feia,
E como o ferira, e quanto.
Julgando-se vencedor,
Ele desmerece o amor
E nem sequer imagina
Que possa alguém exultar
Por preso na teia estar
Da mesma aranha assassina.
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