Então um tempo virá
Em que a memória do amor
Será um traço sem cor
Que ninguém distinguirá.
Numa lápide estará
E quem decifrá-la for
Não verá nela fulgor
Nem emoção gozará.
Mesmo que ao sol contemplada,
Ela não contará nada
A um tolo que a for olhar.
E nada dirá também
A um mago, a um vidente, nem
A um cego que a for tocar.
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