Menina tola, mimada,
Quê pensas que és? Um navio
Deslizando pelo rio
Com a proa toda empinada?
Menina mal habituada,
Que em pleno gozo do cio,
Queixando-te de fastio,
Dizes não querer mais nada.
Talvez um dia, menina,
Tudo mude, e tua sina
Seja então a de implorar
Como quem hoje te implora
E sentir que chegou a hora
De ver alguém te negar.
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