Aos sábados, por sua vizinhança dos domingos e por dividirem com eles a expectativa de que surja alguma alegria, ainda que escassa, Deus deveria estar sempre mais atento aos clamores dos tristes e desenganados. Há sábados, porém, em que Deus parece um daqueles serviços de informações que, atendendo depois de três horas, dizem só poderem informar que, por defeito no sistema, não podem informar coisa nenhuma. Há sábados que parecem agônicas sextas-feiras santas. São dolorosas suas manhãs, pungentes suas tardes e desprovidas de esperança suas noites. O sol, quando começa a ir embora, só falta estampar um aviso: aproveitem ainda o resto deste dia, porque o de amanhã pode ser muito pior.
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