Raul Drewnick
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Chuva
Sobre o carro funerário, a chuva bate os dedos, quer entrar. O morto não a ouve. Não são para ele os pingos, são para as flores que traz no peito. A chuva acredita que possa salvá-las ainda, antes que cheguem ao cemitério.
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