Toda vez que fala de amor, ele atrai olhares piedosos. É como se uma árvore há muito tempo morta perguntasse ao vento a opinião sobre seus galhos e suas flores. Ou como se o leito seco de um rio se gabasse dos seus peixes. Ele fala, fala, seus olhos brilham, suas palavras se adoçam, mas quem se dá ao trabalho de escutá-lo não faz mais que sorrir, aquele sorriso condescendente que costuma se oferecer aos insanos para cumprir a exigência de pelo menos uma boa ação por dia.
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