Já tem vinte anos de rua Aurora, mas está sempre seguindo as tendências. Há três meses tem no ventre uma tatuagem: um sorvete de casquinha. Como imaginara, seus fregueses mais jovens, entre os quinze e os dezessete, ficaram encantados. Passam o dedo ali, buscando o arrepio gelado. Mas quem mais gostou foram os da faixa entre sessenta e setenta, com suas línguas reminiscentes.
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