Dos truques que encantam o jovem escritor, talvez o mais fascinante seja a aliteração. O novato entra em êxtase quando consegue fazer uma frágil folha farfalhar ou a lânguida lua lançar seu pálido brilho no lago. O sentido importa menos do que o efeito. A onomatopeia melodiosa faz o aspirante a escritor sorrir como se lhe tivessem atribuído o Nobel. Com o tempo ele irá descobrindo que uma das mais complexas tarefas de quem escreve é fechar os olhos para essas bijuterias. Os bibelôs devem ser varridos das estantes da literatura - e também metáforas ruinzinhas como esta.
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