Aos poucos o amor volta a andar por algumas ruas próximas, a deixar-se ver, ainda que finja não ser ele e oculte o rosto, como um gato ladrão. Aos poucos ele faz ouvir seus passos perto do portão e, depois que passa, há sempre uma rosa faltando na frente da casa. Aos poucos ele vai recuperando a coragem que um dia o fará roçar a campainha, indeciso. Mesmo que ela não soe, no instante seguinte ele será sufocado pelos abraços e pelos beijos que depois de um salto, como o dos saqueadores de estrada, estaremos prontos para dar-lhe e sufocá-lo de abraços, para que quando ele diga nosso nome o diga entrecortado pela força de nossa paixão e de nossa saudade.
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