Chegará o dia em que, fisgados e atirados a um balde cheio de gelo, agonizaremos ao sol. Perturbaremos com nossos espasmos a recém-conquistada paz dos outros peixes, até que tenhamos direito à nossa própria morte e à nossa própria paz. Serão belas nossas contorções de prata, até que, finalmente serenados, já não nos importe nada, nem a evisceração nem o preço que atribuírem a nós, numa quinta-feira de ofertas no supermercado.
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