No final de tudo, restam-nos as palavras. A que costuma ainda manter algum brilho é "amor". Mencionada, ela nos abre um sorriso de compreensão. Ah, amor, sim, aquilo... E voltamos a tardes de sol em que andávamos pelo parque, ou pela rua. Nossa mão, encaixada em outra, poderia cantar. Não acharíamos estranho. Estranho é termos esquecido o nome de quem entrelaçava seus dedos com os nossos. Tentamos, tentamos, e ele não nos vem. Precisamos então abrir de novo aquela gaveta e pegar aqueles papéis em que a tinta ainda guarda o nome, já molhado pelas tantas chuvas que nossos olhos lançaram sobre ele, quando o amor, para nós, tinha um significado que se confundia com o significado de vida.
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