"Oculto reino nosso
onde cantam os ossos
daqueles cuja voz
ecoa em nosso eco,
na garganta dos séculos
e em cada um de nós.
Nas lajes sem memória
cruzam-se a luz do dia
e o cantochão dos ossos:
irrequieta harmonia,
sepulto reino nosso
que em silêncio te avias
rente às heras sombrias
e severas do púlpito.
Eco da luz canora.
Milagre oculto."
(Do livro O mundo como ideia, publicado pela Editora Globo.)
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