"Não terás minha alma viva,
Não se dará como uma pluma.
Vida, tu rimas muito com - fingida,
O ouvido do cantor não erra uma!
Não a inventou um nativo,
Deixe que vá a outra paragem!
Vida, tu rimas muito com - ungida:
Vida: brida! Destino: desatino!
Cruéis são os anéis nos tornozelos
No osso penetra a ferrugem!
Vida: facas sobre as quais dança
Quem ama.
Cansei de esperar a faca."
(Do livro Indícios flutuantes, tradução de Aurora F. Bernardini, publicado pela Martins Fontes.)
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