Pouquíssimos dias ele se encontrou com ela para o café, mas já sabe quais são aqueles em que ela depois irá ver o rapaz. Não pela quantidade de vezes em que ela diz "o quê?, eu não entendi", nem pela forma com que ela apalpa o celular, pedindo que toque, nem pelo modo com que apressa o fim do encontro. Ele sente que ela logo estará nos braços do rapaz quando ela aparece com os cabelos molhados. O rapaz dela deve ser sedento como todos os jovens, ele pensa, enquanto a vê afastar-se depressa para pegar o carro no estacionamento, caminhando sempre à sombra pela calçada, para que o sol não consiga beber nos seus cabelos a preciosa água que o rapaz impacientemente espera.
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