Mesmo sendo inepto na arte
De contar as estações,
Posso ter, para louvar-te,
Mais quatro ou cinco verões.
São poucos, sei, e também,
Para cantar-te a beleza,
Não tenho nem a arte e nem
A necessária destreza.
Mas enquanto um sol houver
Eu te cantarei, mulher,
Com fogo ou com leve chama.
E, muito ou pouco, verás
Que tudo receberás
De quem para viver te ama.
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