Ela grita ai, e ergue o saiote pregueado do colégio. Coloca o dedo na coxa:
"Ai, já inchou, ai, ai."
A colega se abaixa para olhar. Diz que não está vendo nada.
"Como não está vendo nada? Ficou cega? Põe o dedo. Ai, como dói. Isso. É bem aí."
A outra aproxima o rosto da coxa:
"Ainda não estou vendo nada. O que tem aqui parece uma verruguinha, só. Vou dar uma sopradinha. Quer? Espera."
"Ai, só de você soprar, doeu de novo."
A outra dá um beijinho na coxa, em cima de verruga:
"Agora sara, você vai ver."
"Já melhorou. Ufa! Foi uma abelhinha, acho que aquela ali."
"Pode ser, sim. Ai. Ela me picou, também. Ai, Bem aqui no joelho. Ai, como está doendo. Ai, põe o dedo. Aí, isso, aí. Dá uma sopradinha."
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