sábado, 9 de agosto de 2014

Parece orvalho

Se as mulheres soubessem, não precisavam me dar o que dão. Quando eu ponho a palma da mão bem de leve nos pelinhos de uma, sinto que o resto é tudo bobagem. Deixar a mão naquela flor não tem coisa melhor. Eles respiram, os pelinhos. Você não acredita? Respiram. Poeta? Não sou nada. Eu só observo as coisas. Eu falando assim, você é capaz de pensar que eu não faço as outras coisas. Eu faço. Porque chega uma hora que as mulheres não querem mais só a mão. Mas só faço se primeiro elas deixam a mão brincar bastante ali. E depois das outras coisas eu quero de novo. Que delícia quando os pelos ficam molhadinhos. Parece orvalho, já viu?

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